O jornalista e apresentador Paulo Soares, conhecido como “Amigão”, morreu na madrugada desta segunda-feira (29) aos 63 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. A informação foi confirmada ao UOL pelo jornalista Alex Tseng, colega de longa data de Soares na ESPN, e oficialmente pelo canal esportivo.

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Internação e problemas de saúde
Paulo Soares estava internado há cerca de cinco meses no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido a complicações de saúde. O apresentador enfrentava problemas que exigiam acompanhamento médico constante e, nos últimos anos, passou por diversas cirurgias na coluna para tratar problemas nas vértebras, que prejudicavam sua mobilidade e causavam dores intensas.
Em entrevistas, Soares chegou a desabafar sobre sua condição de saúde, demonstrando preocupação com a limitação física e a necessidade de cuidados médicos constantes. Apesar das dificuldades, manteve-se ativo na carreira até recentemente, acompanhando o dia a dia do jornalismo esportivo.
O apresentador deixa a mãe, Anna Maria, a companheira Marlene, e os irmãos Marcelo e Roberto, que agora enfrentam o luto pela perda de um familiar querido e de referência no esporte e na comunicação.
Trajetória profissional
Paulo Soares teve uma carreira de mais de 45 anos no jornalismo esportivo. Começou a trabalhar ainda jovem, aos 15 anos, como narrador na Rádio Clube de Araras. Ao longo das décadas, passou por grandes veículos de comunicação, como Globo, Bandeirantes, Gazeta e Record, consolidando sua reputação como um dos nomes mais respeitados do jornalismo esportivo brasileiro.
Na televisão, Soares participou de importantes coberturas nacionais e internacionais, incluindo Copas do Mundo e Jogos Olímpicos, o que reforçou sua credibilidade e a conexão com o público apaixonado por esportes.
Na ESPN, atuou em programas de destaque como o “Linha de Passe” e o “SportsCenter”, onde formou dupla de sucesso com Antero Greco, que faleceu no ano passado. A parceria com Greco marcou a história da emissora, sendo lembrada pelo carisma e pela afinidade entre os dois jornalistas, que conquistaram a confiança dos telespectadores.

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Reconhecimento e legado
O apelido “Amigão” refletia a personalidade de Paulo Soares dentro e fora das câmeras: próximo de colegas de profissão, respeitado pelos atletas que acompanhava e querido pelo público. Ao longo da carreira, tornou-se referência no jornalismo esportivo, não apenas pela experiência e conhecimento técnico, mas também pela empatia e capacidade de se conectar com a audiência.
Colegas de trabalho, jornalistas e fãs prestaram homenagens nas redes sociais após a confirmação da morte, destacando o impacto de Soares no jornalismo esportivo e a relação próxima que mantinha com quem o acompanhava.
Últimos anos e desafios pessoais
Nos últimos anos, Paulo Soares enfrentou desafios físicos significativos devido a problemas na coluna. As cirurgias e tratamentos médicos eram recorrentes, e ele frequentemente comentava sobre a necessidade de adaptação à rotina e aos limites impostos pela saúde. Mesmo assim, manteve o compromisso com o jornalismo e continuou atuando em programas importantes, mostrando dedicação e paixão pelo trabalho.
O falecimento de Paulo Soares representa a perda de uma voz importante no jornalismo esportivo brasileiro, que inspirou colegas e formou gerações de profissionais no setor. Seu legado vai além das transmissões e reportagens; reflete a trajetória de alguém que dedicou a vida ao esporte e à comunicação, conquistando respeito e admiração ao longo de mais de quatro décadas de carreira.
Com informações do UOL.


